Jogando em casa: as contribuições da genética nacional para a horticultura em clima tropical

A área de pesquisa e melhoramento genético em hortaliças tem se desenvolvido muito nos últimos anos, ficando cada vez mais competitiva, sobretudo, no segmento de cultivares de tomate, por ser uma fatia de mercado bastante valiosa e disputada.

Ao analisar a história do mercado hortícola, é possível verificar que, no passado, o mercado brasileiro tinha acesso apenas à genética importada. Com o passar dos anos, algumas instituições públicas de pesquisas, como Esalq-USP e Instituto Agronômico (IAC), começaram a liberar as primeiras cultivares criadas para o mercado nacional. Atualmente, várias empresas privadas globais vêm atuando no país, muitas ainda sem pesquisa local, trabalhando apenas com cultivares importadas desenvolvidas para outros mercados, como a Europa, os Estados Unidos e o México.

A Agroflora, fundada em 1968, posteriormente incorporada pelo Grupo Sakata, foi a primeira empresa privada a investir em pesquisa para atender às demandas locais, entregando ao mercado várias cultivares adaptadas às condições tropicais de cultivo do país. Este pioneirismo fez a Agroflora-Sakata ser considerada, por muitos anos, a empresa número um no mercado brasileiro.

Conduzir pesquisas no Brasil é uma das grandes vantagens competitivas da Sakata, mas o avanço da horticultura e as demandas de mercado impõem novos desafios para as empresas do ramo, sobretudo, no que se refere à genética de seus produtos. Por isso, a Sakata Seed Sudamerica tem modernizado suas ferramentas de pesquisa em genética e vem trabalhando com segmentos muito bem aceitos não apenas nacionalmente, mas também em vários mercados mundiais. Exemplos disto são os produtos desenvolvidos pela Sakata no Brasil e que são também vendidos em outros mercados, como é o caso das abobrinhas para a Europa, dos tomates para a África do Sul, dos pimentões para os Estados Unidos, entre outros.

Neste sentido, fazer pesquisa local continua sendo uma fortaleza. O clima da cidade de Bragança Paulista (SP), onde fica sediada a Estação Experimental da Sakata, é considerado um dos melhores do mundo, viabilizando assim a condução dos programas de melhoramento genético durante o ano todo. Este perfil não apenas possibilita a redução de custos com algumas estruturas de pesquisa, como também aproxima a empresa dos produtores, permitindo a entrega de cultivares mais adaptadas às necessidades específicas de produção do país.

Atualmente, a Sakata é a empresa de genética de hortaliças que mais investe em programas de melhoramento no Brasil. Este investimento, aliado ao germoplasma criado para atender às demandas da América do Sul, juntamente com os 50 anos de know-how da empresa em desenvolver genética de hortaliças para o mercado sul-americano, faz a companhia se manter altamente competitiva. Tudo isso, somado à qualidade e tradição dos seus produtos e serviços, bem como a confiança e parceria com os clientes, certamente manterá a liderança da empresa em seu território de atuação.

Boa leitura a todos!

Renato Braga, Pesquisador e Melhorista da Sakata Seed Sudamerica

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