Alface Milena: uma variedade com múltiplas resistências

A alface crespa Milena é uma das mais versáteis de todo o mercado nacional. Esta cultivar alia precocidade, qualidade, produtividade e múltiplas resistências a campo.

Atualmente, é a única variedade crespa verde que possui moderado nível de resistência ao Vira-Cabeça, alto nível de resistência ao Pythium e ao pendoamento precoce, três das principais características que têm feito com que esta variedade se destaque no mercado nacional.

De acordo com a Gestora de Produtos da Sakata, Talita Scholl, “apesar de existir um grande número de cultivares de alface que se adaptam bem às diferentes condições climáticas – permitindo o cultivo ao longo de todo o ano –, a produção em determinadas épocas e regiões só é possível com um material que alie múltiplas resistências, principalmente às doenças mais preocupantes, como Vira-Cabeça e Pythium, o que é o caso da alface Milena”, exemplifica.

Na produção de alface, o Vira-Cabeça (tospovírus) transmitido por tripes, constitui o mais importante complexo viral que infecta a cultivar nos dias de hoje. Talita aponta que os sintomas mais comuns são “manchas cloróticas e/ou necróticas, representadas por grande número de pequenas lesões e de coloração marrom-escuro, e bronzeamento em folhas”. Ela explica ainda que “com o desenvolvimento do processo de infecção, ocorre o amarelecimento e coalescência das lesões, resultando em necrose foliar”. O resultado da infecção sistêmica pelo vírus é um crescimento de planta severamente comprometido, com redução da produção como um todo, inviabilizando a comercialização. “As plantas podem ser afetadas em quaisquer fases de desenvolvimento. No entanto, quanto mais precoce ocorrer a infecção, maior será o prejuízo na lavoura”, destaca a profissional.

Já o Pythium, segundo a gestora, “é um fungo que causa podridão na raiz e no colo da planta, sendo que os danos provocados prejudicam a absorção de água e nutrientes, interferindo no desenvolvimento e na produtividade da planta, podendo causar a morte, principalmente das plantas mais jovens. Ocorre geralmente em solos com altos níveis de umidade e em sistemas hidropônicos, podendo acarretar a destruição total da cultura”. De acordo com Talita, os sintomas mais característicos são observados nas folhas, na forma de amarelecimento, deficiência nutricional, murcha e, por fim, seca e morte da planta. Enquanto que nas raízes, os sintomas são escurecimento e podridão das partes mais novas, progredindo para todo o sistema radicular. “O escurecimento é gradual, apresentando inicialmente uma leve tonalidade marrom ou marrom-avermelhado, podendo ocorrer o aparecimento de lesões necróticas. As raízes atacadas apresentam cor marrom escura ou negra, acompanhada pelo processo de decomposição”, comenta a profissional.

Além do pacote de resistências diferenciado contra estas doenças, que proporciona muito mais segurança no plantio tanto em campo aberto, quanto em hidroponia, a alface Milena apresenta ainda outras características bastante atrativas para a comercialização, dentre as quais se destacam: o seu porte grande, com folhas compridas e de moderada crespicidade, bem como sua coloração verde escura e brilhante. Seu ciclo médio total é de 55 dias.

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